Faturamento Bruto e Líquido:

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Entendendo os Conceitos e Sua Importância no Varejo

O mundo do varejo é fascinante, repleto de detalhes que exigem atenção meticulosa dos gestores. Dentre os conceitos financeiros mais relevantes no setor, destacam-se o faturamento bruto e o faturamento líquido. Entender esses conceitos e saber diferenciá-los é fundamental para qualquer empreendedor que deseja ter sucesso nesse mercado.

Faturamento Bruto: A Primeira Impressão das Vendas

Começando pelo faturamento bruto, ele representa, de forma simples, o total de vendas de uma empresa, sem deduzir quaisquer despesas ou custos. No contexto do varejo, imagine uma loja de roupas que vendeu R$100.000 em mercadorias em um mês. Esse valor representa o faturamento bruto da loja.

Faturamento Líquido: Olhando Além das Vendas

Por outro lado, o faturamento líquido leva em consideração as deduções das vendas, como descontos concedidos, impostos sobre vendas e devoluções de clientes. Assim, se daqueles R$100.000, R$20.000 retornaram em forma de devoluções, descontos e impostos, o faturamento líquido seria de R$80.000.

A Importância dos Conceitos Fataramento bruto e liquido

A diferença entre esses dois tipos de faturamento pode parecer sutil, mas é essencial para a gestão financeira do varejo. Por quê?

  • Visão Realista: Enquanto o faturamento bruto dá uma visão otimista, o líquido oferece uma perspectiva realista, refletindo o que de fato entra no caixa da empresa.
  • Planejamento e Estratégia: Ter clareza sobre o que realmente se transforma em receita líquida permite aos gestores fazerem previsões mais acertadas e planejar estratégias mais eficientes.
  • Análise de Desempenho: Ao avaliar os descontos concedidos, impostos e devoluções, os gestores podem identificar áreas problemáticas e trabalhar para otimizar esses pontos.

Exemplo Prático no Varejo

Imagine uma grande promoção de Black Friday em uma loja de eletrônicos. Os televisores estão com descontos significativos, e as vendas disparam. No final do dia, o faturamento bruto mostra um número impressionante. No entanto, ao considerar os descontos concedidos e os impostos sobre as vendas, o faturamento líquido pode ser bem menos animador. Essa análise permite ao varejista entender se as promoções oferecidas foram de fato lucrativas ou se acabaram corroendo as margens de lucro da empresa.

Devoluções em Lojas de Vestuário

No varejo de vestuário, as devoluções são uma realidade comum, especialmente após períodos promocionais ou festivos. Imagine que, após o Natal, uma loja de roupas experimente um aumento nas devoluções devido a tamanhos incompatíveis, defeitos ou simples mudança de preferência do cliente.

O faturamento bruto pode não refletir essa onda de devoluções. No entanto, ao observar o faturamento líquido, que desconta essas devoluções, o varejista pode ter uma ideia mais clara da receita real. Este insight é crucial para a gestão de inventário, previsões de vendas futuras e estratégias de atendimento ao cliente.

Descontos e Promoções em Supermercados

Supermercados frequentemente realizam promoções para atrair clientes, como “Leve 3, Pague 2” em produtos selecionados. Digamos que um supermercado tenha vendido 1.000 unidades de um produto a R$10 cada, resultando em um faturamento bruto de R$10.000.

No entanto, se 300 dessas unidades foram vendidas sob a promoção “Leve 3, Pague 2”, isso significa que o supermercado efetivamente deu 100 unidades de graça. O faturamento líquido, portanto, seria menor. Ao analisar a diferença entre os faturamentos bruto e líquido, o gestor pode avaliar a eficácia da promoção. Estas promoções aumentaram o tráfego na loja? Os clientes compraram outros produtos além dos promocionais? Estas são questões que os gestores podem começar a responder ao compreenderem suas receitas líquidas.

Impacto das Tarifas de Cartão de Crédito

No mundo atual do varejo, muitos clientes optam por pagar suas compras com cartões de crédito. No entanto, cada transação com cartão geralmente envolve uma tarifa que o varejista deve pagar à empresa de processamento do cartão.

Vamos supor que uma loja de calçados venda um par de tênis por R$200. O faturamento bruto contabilizaria esses R$200. No entanto, se a taxa do cartão de crédito for 2%, isso significa que a loja pagará R$4 à empresa de cartão. O faturamento líquido, portanto, seria de R$196. Multiplicado por muitas transações diárias, esse valor pode ter um impacto significativo.

Custos de Envio e Embalagem no E-commerce

Muitas lojas de varejo agora operam no espaço online e oferecem opções de entrega para seus clientes. Suponha que uma loja venda um produto por R$100 e cobre R$20 adicionais para envio. O faturamento bruto refletirá R$120.

No entanto, se o custo real de envio e embalagem do produto for R$25, a loja está, na verdade, tendo um prejuízo de R$5 nessa parte da venda. O faturamento líquido, quando considera esse custo adicional, dá ao varejista uma visão mais realista da rentabilidade desse serviço.

Vendas Consignadas em Boutiques

Algumas boutiques de varejo operam com um modelo consignado, onde os produtos são vendidos em nome de um terceiro. Nesse modelo, a loja pode registrar um item vendido por R$150, refletindo esse valor no faturamento bruto. Contudo, se a boutique retiver apenas 60% da venda e os 40% restantes forem para o consignador, o faturamento líquido da boutique é de apenas R$90.

Entender essa distinção é vital para boutiques, pois ajuda a identificar a verdadeira rentabilidade das vendas consignadas e a avaliar se a relação com consignadores é benéfica para o negócio.

Custos de Armazenamento e Logística

Para varejistas com grandes inventários, os custos associados ao armazenamento de produtos podem ser significativos. O aluguel de um depósito, bem como os custos operacionais associados, devem ser subtraídos do faturamento bruto para chegar ao líquido. Se uma loja gasta R$20.000 por mês em logística, esse é um custo que precisa ser considerado.

Custos de Aquisição de Clientes (CAC)

No mundo digital, muitos varejistas investem em publicidade online para atrair novos clientes. O dinheiro gasto nesses anúncios deve ser subtraído do faturamento bruto para entender o verdadeiro faturamento líquido. Por exemplo, se um varejista gasta R$5.000 em anúncios para gerar R$50.000 em vendas, o faturamento líquido será afetado por esse investimento em marketing.

Custo de Produtos Vendidos (CPV)

Esse é um dos custos mais diretos associados à venda de produtos. Refere-se ao custo que a loja tem para adquirir ou produzir os itens que vende. Se um varejista vende um produto por R$100, mas o custo para adquiri-lo foi de R$60, o CPV é de R$60. Enquanto o faturamento bruto vê apenas o valor da venda, o líquido considerará esse CPV, refletindo uma visão mais precisa da rentabilidade.

Conclusão

O varejo é uma área complexa e dinâmica, onde múltiplos fatores impactam a rentabilidade de uma empresa. A compreensão adequada entre o faturamento bruto e o líquido é vital para qualquer varejista que busca sucesso a longo prazo. Estes conceitos, embora básicos em teoria, têm implicações profundas quando colocados em prática. Ao considerar todos os fatores mencionados, de descontos a custos logísticos, os varejistas podem obter uma visão holística da saúde financeira de seu negócio, garantindo decisões mais informadas e estratégicas. Em um mercado tão competitivo, essa clareza é inestimável.

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